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A introdução alimentar do Miguel e do Henrique - Parte 1

Há uma semana, começamos a Introdução Alimentar do Miguel e do Henrique e quero compartilhar com vocês como foi a preparação e como estão sendo esses primeiros dias.


Esperei que eles completassem seis meses, pois além de não ter pressa ou ansiedade, por já ter passado por isso com a Sarah e saber que não é tão divertido assim, sabia que eles estariam melhor preparados, de forma geral, nesta idade.


Avaliei os sinais deles como sentar sozinhos (ainda não tão firmes, mas já sentam), levarem tudo à boca e terem interesse quando nos vêem comendo. Além disso, com seis meses, geralmente as crianças começam a perder o reflexo de propulsão da língua, que é um mecanismo de defesa, mas que atrapalha sua alimentação, pois involuntariamente acabam colocando a comida para fora.


Agendei uma consulta com a nutricionista Thaís Abath, que me acompanhou na gestação dos meninos para receber as orientações necessárias para esse momento e tivemos uma conversa super esclarecedora. Além disso, ela me mandou uma sugestão de cardápio e todas as orientações por escrito.


Comprei os utensílios necessários, fui à feira comprar orgânicos e pronto, tudo providenciado para começarmos.

Começamos pelo almoço na primeira semana. Isso apenas pela questão do paladar. Sabemos que a aceitação das frutas, por serem docinhas, costuma ser mais fácil e pode dificultar a aceitação da comida "salgada" (importante: a comida dos bebês não deve levar sal até um ano de idade).


Nos três primeiros dias, eles conheceram dois grupos de alimentos: legumes e tubérculos. No quarto dia, começaram com a proteína. Fomos repetindo os alimentos em dias alternados e observando. Eles experimentaram até agora: batata inglesa, mandioca, batata doce e inhame, cenoura, abobrinha, abóbora, beterraba, berinjela, frango e patinho moído. As proteínas com maior risco de alergias alimentares, que são os peixes e o ovo só serão introduzidas na terceira semana.



Tudo tem sido preparado sem sal algum. Os legumes e tubérculos têm sido bem cozidos, em água ou no vapor e amassados com um garfo. Ao servir o pratinho, coloco tudo separado e vou oferecendo alimento por alimento, para que sintam os sabores separadamente. Assim, está sendo possível ver os que eles aceitam mais facilmente. Abóbora e berinjela foram os de maior preferência até agora. Ah, e sempre sirvo com um fio de azeite por cima da comida.


Tão logo começamos a oferecer a comida, também passamos a dar água para eles nos intervalos entre as refeições e as mamadas. Alguns suplementos e vitaminadas também foram inseridos em sua alimentação, tais como vitamina D, Ferro e Glutamina.


O intestino, que é algo que precisamos ficar atentos e observar quando começamos a introduzir os alimentos, tem respondido bem a essa mudança até agora.



Na segunda semana, que se inicia hoje, além das frutas nos lanches da manhã e tarde, os meninos começarão a comer leguminosas e o carboidrato no almoço. Os alimentos estão sendo introduzidos assim, em etapas visando minimizar as possibilidades e para observar possíveis alergias alimentares.

Quanto ao método de fazer a introdução alimentar, escolhi adotar o método tradicional, de comidinha amassada (nada de bater no liquidificador ou passar na peneira), dada na colher, mas pretendo dar a eles a oportunidade de tocar e sentir a comida e esporadicamente darei pedaços de alguns alimentos para que possam tocar e levar à boca. Tomei essa decisão pelo fato de que nem todas as refeições serão dadas por mim, especialmente quando eu voltar a trabalhar e confesso que não fico tranquila com os riscos de engasgo, muito menos se eu não estiver por perto.

A aceitação deles tem sido dentro do esperado e bem dentro das nossas expectativas. Miguel, que sempre se mostrou mais guloso tem aceitado super bem os alimentos. Já apresenta pouquíssima resistência e o reflexo de cuspir é mínimo. Já o Henrique tem tido mais de dificuldade. A língua dele ainda atrapalha muito para colocarmos os alimentos em sua boca e quando ele cansa, fica muito irritado e chora. Com ele, ainda tenho complementado o almoço com leite um tempo depois de oferecermos a comida. Mas seguimos com paciência, sabendo que esse caminho, na maioria das vezes, não é fácil no começo, mas é importante e necessário.

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