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Leites vegetais

Aproveitei o finalzinho do feriado na terça e produzi três tipos de leites vegetais: de castanha do Pará, de coco e de gergelim. Este último, pela primeira vez.


Já contei para vocês que nenhum de nós aqui em casa tem qualquer restrição ao leite de vaca, mas gosto de consumir e oferecer para a Sarah leites vegetais, pelos nutrientes e vitaminas que eles agregam à nossa alimentação e por ajudar na diversificação do paladar dela.

Os leites que preparo com maior frequência por aqui e que já pareceram algumas vezes nas redes sociais da Lancheira são os de aveia e de castanhas em geral. Para estes e outros, mostrarei o passo-a-passo no preparo e dicas de como utilizar seus resíduos.


Leite de aveia


Esse foi o primeiro leite vegetal que me aventurei fazer e é, talvez, o mais fácil. Basta deixar a aveia, que pode ser em flocos finos ou grossos, de molho, por cerca de 8 horas. Como geralmente ponho de molho à noite, pela manhã escorro a aveia com a ajuda de um coador e bato no liquidificador com água filtrada limpa. Uso uma medida de aveia para duas de águas. Para coar, uso coador comum e armazeno em garrafa de vidro, na geladeira, por até três dias.


Uso para fazer vitaminas, mingau, molhos, bolos, praticamente todo tipo de preparação.


Este leite possui um alto teor de fibras e é rico em vitaminas.


O resíduo, costumo usar para fazer mingau, vitaminas ou bolos.


Leite de castanhas ou amêndoas


Outro leite super fácil de fazer e riquíssimo em gordura boa.


Deixo as castanhas de molho em água filtrada, por pelo menos quatro horas. Muitas vezes misturo castanha da caju com do Pará, ou do Pará com amêndoas. Geralmente coloco na água à noite e preparo na manhã seguinte.


Descarto a água, lavo as castanhas e bato no liquidificador com água filtrada. Costumo fazer com uma medida de castanhas para duas de água. Uso coador de pano (daqueles de coar café, mas deixo separado só para os leites) e armazeno em uma garrafa de vidro, na geladeira, por até três dias.


Também uso para fazer vitaminas, mingau, molhos, bolos ou o que mais a imaginação permitir.


O resíduo, costumo usar para fazer mingau, bolos, acrescento na crepioca e já usei até para fazer quibe, mas isso vai render outro post.


Leite de coco


Acho esse um pouco mais trabalhoso, mas nada inviável. O maior trabalho é abrir o coco (que tem que ser fresco) e tirar a polpa. Ele pode ser aberto com uma faca, ou jogando no chão, mas eu prefiro um método um pouco menos trabalhoso. Levo ao forno em temperatura média por 30 a 40 minutos. Assim, ele racha a casca e abre. Depois concluo o processo de abertura com uma faca e com ela, retiro a polpa.


Bato no liquidificador, com cerca de 800 ml a 1 litro de água morna, dependendo do tamanho do coco. Uso coador de pano e armazeno em uma garrafa de vidro, na geladeira, por até três dias.


O uso é praticamente o mesmo que os demais. Só evito utilizar em receitas salgadas, pois ele naturalmente tem um sabor mais adocicado.


O resíduo também tem fins bastante semelhantes ao de aveia, como mingau, vitaminas, bolo, panquecas. Gosto, também de salpicar por cima das frutas.


Leite de gergelim


Fiz pela primeira vez essa semana e posso dizer que comparado com os demais, é o que tem o sabor mais forte. Mas é também, o mais rico em cálcio. Mais até que o leite de vaca.


Deixo o gergelim branco (mas pode ser o preto também, só não deve ser o torrado) de molho em água filtrada por cerca de oito horas. No dia seguinte, descarto a água com a ajuda de um coador e processo o gergelim com nova água filtrada, no liquidificador. Para este, uso uma parte de gergelim, para três de água.


Para coar, uso coador de tecido e mantenho na geladeira, em garrafa de vidro, por até três dias.


Até agora, usei para fazer vitamina e mingau. Como ele tem um sabor mais forte, sugiro preparar com frutas e outros alimentos que sobressaiam ao sabor do leite vegetal.


Usei os resíduos na crepioca e antes de testar em outras receitas, derrubei o vidro onde estava armazenado. Mas andei pesquisando e vi existem receitas na internet de pastinhas e ricota, que testarei futuramente e claro, compartilharei com vocês.

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